Quem imaginaria que o maior cético do Bitcoin acabaria se tornando um de seus maiores entusiastas? Donald Trump, que já chamou a criptomoeda de “ar fino” e “ferramenta de traficantes”, agora figura entre os maiores detentores de BTC do planeta.

Segundo a Forbes, Trump controla entre US$ 870 e US$ 910 milhões em Bitcoin, não de forma direta, mas através de sua empresa Truth Social (Trump Media & Technology Group). A companhia levantou US$ 2,3 bilhões em maio e, em julho, o ex-presidente alocou US$ 2 bilhões em BTC, que ele descreve, ironicamente, como parte de uma “estratégia de investimento conservadora”. Desde então, o Bitcoin valorizou cerca de 11%, permitindo a Trump declarar que “sua economia pessoal vai muito bem” — e, por extensão, seu carma financeiro também.

No ranking global dos maiores detentores de Bitcoin, Trump fica atrás apenas de Satoshi Nakamoto, os gêmeos Winklevoss e Michael Saylor. Há, no entanto, um detalhe que o coloca em uma categoria única: ele é o único bilionário cripto do mundo com acesso aos códigos nucleares.

Ainda assim, segue a questão que intriga o mercado: o que mexe mais com o preço do BTC, seus tuítes ou suas tarifas sobre a China?

Trump não se limita a acumular Bitcoin. Ele também lançou seus próprios tokens, como OFFICIAL TRUMP e World Liberty Financial (WLFI), este último em parceria com seu filho. Somadas, suas posições em ativos digitais ultrapassam US$ 3 bilhões, consolidando-o não apenas como investidor, mas como um verdadeiro barão das criptomoedas, com sotaque de reality show e gestão estilo negócio de família.

Talvez esteja na hora de atualizar o bordão. Em vez de "Make America Great Again", o novo lema poderia muito bem ser: "Make Bitcoin Great Again". Ou, como ele mesmo certamente diria: “Ninguém ama o Bitcoin mais do que eu. Talvez só o Satoshi.”