O bloqueio do governo dos Estados Unidos já custou ao país cerca de US$ 18 bilhões, e isso é apenas o começo da conta. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), se os serviços públicos permanecerem paralisados, as perdas podem aumentar em ritmo alarmante.

No início, o shutdown funciona como um engarrafamento econômico: tudo desacelera, do consumo aos investimentos. As projeções indicam que o PIB americano pode cair pelo menos um ponto percentual no quarto trimestre.

Mas, se o impasse se estender até o Dia de Ação de Graças, o impacto financeiro poderá disparar para US$ 39 bilhões, transformando uma crise política em um freio de mão puxado para toda a economia dos EUA.

O impacto é sentido diretamente pelos funcionários federais, cerca de 650 mil trabalhadores estão agora temporariamente desempregados, afastados sem pagamento. Essa paralisação traz o risco de provocar o maior salto na taxa de desemprego desde o início da pandemia.

Ainda assim, há um raio de esperança no horizonte. Segundo projeções da Bloomberg, o país pode experimentar um estímulo econômico de curto prazo no próximo ano, capaz de impulsionar a economia antes de uma nova desaceleração.

Enquanto isso, cada dia de paralisação acrescenta bilhões em prejuízos e afeta a rotina de milhões de americanos, que sentem na prática como uma disputa política em Washington pode paralisar o coração econômico da maior potência do mundo.